Foi realizado entre os dias 4 e 8 deste mês mais uma etapa na implementação do Projeto Araguaia (www.ibama.gov.br/go/projetos). Na ocasião, foram realizados os testes essenciais para o planejamento da pesquisa com uma das mais importantes espécies de peixe do rio Araguaia – o bagre gigante piraíba. “Como o implante de rádios-transmissores em piraíbas nunca haviam sido realizados, foi necessário ajustar alguns protocolos de pesquisa antes da execução desta fase”, explica o presidente do Instituto Onça Pintada – IOP, Leandro Silveira. Nesta atividade, desenvolvida próximo à foz do rio Cristalino, uma piraíba de 1.80 metros foi capturada, equipada com um radio-transmissor e liberada no local. Com isso, espera-se conhecer os hábitos ecológicos dessa espécie, que é o maior predador do canal do rio Araguaia.
Ao longo da pesquisa, cinco espécies de predadores e bioindicadores terão prioridades para serem monitoradas: a piraíba, o jacaré-açu, a ariranha, o boto e a onça-pintada. Onças-pintadas, ariranhas e jacaré-açus já ganharam radio – transmissores e vêm sendo monitorados pelo projeto e seus parceiros. Em parceria com o Centro RAN/ICMBio, tartarugas da Amazônia também estão sendo monitoradas. Toda a comunidade de peixes do rio fará parte do monitoramento a longo prazo. Para tanto, 20 regiões pré-estabelecidas ao longo de seus 2.000 km de rio serão amostradas anualmente. O objetivo é contribuir para implementação e manutenção de um corredor de biodiversidade entre as nascentes e a represa da hidrelétrica de Tucurui.
O superintendente do Ibama/GO, Ary Soares, considera de fundamental importância a participação do órgão no projeto e diz que as informações que serão geradas podem contribuir para a melhoria da legislação de proteção, bem como assegurar o manejo sustentável do rio e de outros ambientes.
Os idealizadores do Projeto Araguaia são o Ibama, Instituto Onça-pintada – IOP, Instituto de Desenvolvimento Econômico e Sócio-Ambiental – Idesa e Earthwatch Institute.
Ascom/Ibama/GO