Hoje peguei um grito feliz de criança. Ele estava perdido no azul. Ecoava ali e acolá, o grito. Azulzinho estava o céu. Depois disso, um passarinho ilustrou o azul com a música da sua existência. Os cães até então dormiam. Um gatinho numa janela branca. Acho que malhado, de olhos parados, via tudo e mesmo assim, mudo de miado. Do segundo andar, eu com aquele grito feliz de criança remexia – com uma colher de pau – o mingau das lembranças. Esperei a massa levedar e quando começou borbulhar em fervura, os cães latiram.
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