Ilustração: Fernando Fiuza
Desde menino, eu andava
com a cabeça no telhado do céu.
Gostava de brincar de existir.
Quando tinha sete anos,
uma doença quase acabou
como a minha brincadeira.
Dei um drible desconcertante,
ela caiu no chão e eu entrei com bola
e tudo nas redes da vida.
Aí, eu não quis mais ser o bancário
que meu pai tinha sonhado pra mim:
despenquei, sem paraquedas,
no reino das palavras.
* poema publicado no meu livro Poesia Futebol Clube e Outros Poemas (Formato)
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