Fortaleza – Começou no sábado (16) a primeira fase do defeso anual do caranguejo. As áreas produtoras do Piauí e do Maranhão, que abastecem Fortaleza, ficam proibidas de capturar e vender o prato mais pedido nas barracas da Praia do Futuro.
No Ceará, praia e caranguejo formam uma combinação irresistível. Diariamente, são consumidos aproximadamente oito mil. No período de férias, a quantidade pode até dobrar. Nos mangues, o caranguejo está cada vez mais raro.
Há cinco anos, a espécie passou a ser protegida durante o período de reprodução. A partir do dia 16 de janeiro, fica proibido captura, transporte, beneficiamento, industrialização e venda.
Em busca de um lugar seguro para colocar os ovos, o caranguejo procura a superfície do mangue. Por isso, o período de reprodução é chamado de “andada”. Nessa época, em que o ciclo de vida do caranguejo pode ser ameaçado pelo homem, é que começa o período do defeso.
Até abril, só pode ser consumido o caranguejo que já estava estocado e declarado junto ao Ibama. Hoje, as barracas de praia se preparam com antecedência para não deixar de vender o prato mais pedido. São armazenados em torno de 3 mil a 4 mil caranguejos.
A multa para quem desobedecer a determinação varia de R$700,00 a R$ 1 mil.
Os cinco primeiros anos de defeso do caranguejo já trouxeram bons resultados.
Mariângela Bampi
Ascom Ibama/CE