O azar está predominante nos últimos dias.
Segunda chovia sempre que eu colocava o pé pra fora e parava assim que eu entrava em algum lugar. Ontem tive um almoço desmarcado e colocaram na máquina de lavar roupas o que não deveriam ter posto. Quase perdi um compromisso importante. Minha unha descascou e o esmalte que eu queria usar terminou. Pintei as unhas a dez minutos de sair de casa. Claro que as unhas borraram. Pelo menos meu rímel é a prova d’água. Descobri um vazamento no banheiro e que ele seria consertado no dia seguinte.
Hoje acordei atrasada. Coloquei roupas pra lavar e tranquei meu dedo na tampa da máquina. Creio que foi vingança pelos socos que a pobre levou ontem. Na academia, usei justo a esteira que estava com um probleminha no botão de diminuir a velocidade. Ele não funcionava. E eu não sabia. Incrível como bate um desespero quando se está correndo por dez minutos, sem fôlego, e não há como diminuir a velocidade do negócio. Desliguei na marra e fiquei me segurando nas barrinhas. Detalhe: meu dedo continuava roxo e um pouco inchado. A mocinha apareceu nessa hora com um papel escrito “manutenção” e dizendo: “pois é, essa esteira estragou…”
Fui ao Zaffari e vi uma mocinha pegando o último Club Social de Ervas Finas que estava na prateleira. Justo o que eu queria.
Volto pra casa e descubro que a minha mãe mudou de idéia e fará orçamentos com outros pedreiros. Meu banheiro levará mais tempo pra ser arrumado que o previsto.
Morro de cólicas e não tenho chocolate algum em casa. Opa, isso não é azar. É incompetência.
Tudo o que parece azar é, na verdade, incompetência. Ou teimosia.
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