Objetivo das medidas é evitar novas ocupações no local. As cerca de 50 famílias removidas estão na casa de parentes e em abrigo da administração municipal
A Prefeitura de Osasco iniciou nesta quinta-feira, dia 10 de setembro, uma operação para remover os cerca de 50 barracos que foram interditados, desde a última terça-feira, por estarem em área de risco no Morro do Socó, zona Norte da cidade.
Os trabalhos estão sendo realizados por uma equipe de cerca de 150 pessoas, entre agentes da Defesa Civil Municipal e das secretarias de Obras e Transportes, Habitação e Desenvolvimento Urbano e Promoção Social da Prefeitura.
O objetivo é evitar novas ocupações na área, onde um deslizamento de terra, na última terça-feira, dia 8 de agosto, atingiu 4 barracos e provocou a morte de 4 pessoas.
As famílias já haviam sido retiradas dessas casas nos últimos dois dias. A maioria está abrigada na casa de parentes e outra parte em abrigo provisório da prefeitura.
Além da retirada das moradias, que deve durar todo o dia de hoje, outras providências estão sendo tomadas para preservar a área. Todo o local de maior risco será cercado, para evitar ocupações. E será feito um trabalho de reflorestamento, para que a vegetação ajude na prevenção de erosões.
Obras de urbanização
O Morro do Socó é uma das cinco áreas de Osasco que estão recebendo obras de urbanização com recursos do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), do governo federal.
No local estão sendo construídos mil apartamentos e estão em execução obras de infra-estrutura, como canalização de córregos e abertura de ruas. Desde o início das obras, em 2008, cerca de mil famílias já foram retiradas do local, tanto por morarem em áreas de risco como para permitir o andamento das obras.
Elas são atendidas pelo programa municipal Bolsa Aluguel, por meio do qual a Prefeitura de Osasco arca com os custos de moradias de famílias retiradas de áreas de risco em toda a cidade.
Mesmo assim, e apesar das fiscalizações constantes, o Morro do Socó é alvo de ocupações. A maioria dos barracos interditados, após o deslizamento de terça-feira, está nessa situação, com famílias que passaram a morar no local por um período entre 1 e 3 meses atrás.
Dentre as 50 famílias removidas recentemente, parte está cadastrada para receber os apartamentos e construção e, por isso, será encaminhada também para o Bolsa Aluguel. Já o restante ficará abrigado provisoriamente até que consiga outro local para morar.