Você gasta muito com seu cartão de crédito?
Como todo bom brasileiro, deve estar pendurado nele como se fosse um migrante no “pau-de-arara”. Mas se você faz parte de uma classe muito especial de brasileiros, os funcionários públicos do alto escalão, você não precisa se preocupar com nada.
Quando foram contratados, os cartões corporativos do governo, foram pensados como uma forma de dar mais agilidade no gasto de pequenos valores e assim, dar mais dinamismo a atuação de agentes a serviço do governo. Bem como a cobertura de despesas em viagens a serviço e outros “imprevistos”.
Numa administração séria e preocupada com a lisura, o policiamento desses gastos se daria de forma sistemática e aprofundada. Assim, em caso de deslizes e “enganos”, o culpado seria obrigado a arcar com as despesas do cartão imediatamente após a detecção do “engano”.
Mas desde o início, o que poderia ser uma ferramenta de fomento para ações rápidas, tornou-se mais uma fonte inesgotável de mamatas e falcatruas. A ministra da igualdade racial, por exemplo, gastou mais de quatrocentos reais num free shop, além de outros gastos não justificados. Aliás, esta é uma pasta estranha; pois uma racista assumida ocupa a pasta da igualdade racial. (sic)
Sem contar diversos outros gastos estranhos como pet shop, restaurantes de luxo, viagens particulares, bebidas, churrascarias e milhares de coisas que você possa imaginar. Tudo muito bem pago pelos cofres públicos. Ou seja, por nós. A farra chegou a um nível tão absurdo que a própria CGU – Controladoria Geral da União – pediu “penico” ao ministério público. Pois apenas ele terá poderes para investigar mais a fundo os desvios; bem como punir criminalmente, caso encontre provas de malversação. Isso sem considerar que 75% dos valores pagos pelo governo (num total de mais de R$ 75 milhões); foram sacados em dinheiro e não são passíveis de rastreamento.
A realidade do pensamento de que o “dinheiro público não tem dono”, cada vez mais se faz presente na mente de funcionários públicos, políticos e até do próprio povo. Penalizar duramente esses desvios e aplicar a lei retomando, os valores indevidamente gastos com rapidez, é crucial para que se dê um fim a essa verdadeira farra que se instaurou desde o governo de FHC. Mais que se levantar os gastos de agora, deve-se procurar desde o início quem comprou o que e para onde foi o dinheiro.
Mas, tratando-se de Brasil, sabemos que isso será impossível. Ainda mais quando os nomes começarem a aparecer e envolverem membros das cúpulas partidárias. Aí, como no caso Renan Calheiros, veremos o festival de panos quentes e os acordos escusos triunfarem sobre a tênue moral dos nossos políticos.
Afinal, quem ainda não roubou, espera por sua chance. Quem já teve sua oportunidade, espera um novo convite; e assim, “vão-se os anéis e ficam-se os dedos”.
Mas infelizmente, a conta de toda essa farra fica mesmo é conosco. Já pensou nisso?
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Post Original do Blog: Visão Panorâmica