CUBA, ROMÂNTICOS E UM POVO QUE PADECE.

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A reunião da OEA (Organização dos Estados Americanos) que autorizou o retorno de Cuba para o seio da organização é um fato histórico. Contudo, muito mais emblemática é a postura de Fidel Castro em comentar o fato com profundo desdém e com a cegueira própria do ditador que prefere ver seu povo morrer a libertá-lo de seu julgo.

Cuba alcançou avanços invejáveis e comprovados na medicina, educação e na política social. Isso ninguém lúcido pode negar. No entanto, no campo político e na vida cotidiana do cidadão, Cuba promove uma das piores práticas possíveis e submete o povo cubano a uma festival de privações que só aumenta.

É lógico que os “Românticos de Cuba”, que idolatram Fidel de seus apartamentos dotados de todo o conforto moderno, de produtos alimentícios variados e eletrônicos de toda espécie desconhecem completamente que esses confortos são quase totalmente desconhecidos ou sumariamente vetados ao cidadão comum cubano.

Fora das áreas turísticas, convive-se com a miséria quase absoluta; com a fala de oportunidades; com a falta de gêneros alimentícios e agora ainda há o fantasma do racionamento de energia elétrica. No calor do verão cubano, as famílias são patrulhadas pelo regime para que não liguem seus ventiladores e, assim, não provoquem uma maior frequência nos apagões (já tão comuns). Ao invés das prometidas reformas, em meio a recuperação econômica, mais restrições a ponto de o governo lançar o slogan "economia ou morte", variação do lema de 1959, "pátria ou morte" (fonte).

A situação em Cuba está tão ruim que até a Souza Cruz (fabricante de cigarros brasileira e subsidiária da multinacional do tabaco British American Tobacco, que tem negócios na ilha há anos, formando uma “joint venture” (Brascuba) com a estatal cubana para fabricar e comercializar os cigarros e charutos cubanos) não vê a cor do dinheiro faz tempo (recebeu na semana passada o que deveria ter recebido há quatro meses).

 

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A recente liberação de remessas de dinheiro para os cubanos, promovida pelos EUA, parece não ter causado um grande impacto na economia cubana e a ilha caribenha está experimentando momentos difíceis internamente. O governo agora ameaça as famílias com pesadas punições, caso elas “abusem” do uso de… ventiladores.

Não é por menos que os cubanos querem deixar a ilha, mesmo com o coração partido, na primeira oportunidade. O regime de Fidel procura deter seus cidadãos de todas as formas possíveis ao mais puro estilo “linha dura” e mesmo diante de fatos tão significativos, como a escassez de alimentos, divisas e energia; Cuba ainda prefere exilar-se em sua “grandeza” ideológica e esnoba a postura da OEA e de seus componentes. Segundo a TV estatal cubana: "Cuba não pediu, não quer voltar à OEA, cheia de sua história tenebrosa e entreguista, mas reconhece o valor político, o simbolismo e a rebeldia que está nas entranhas dessa decisão, impulsionada pelos governos populares da América Latina" (fonte). O mais engraçado de tudo isso é que até os EUA votou a favor do retorno de Cuba para a OEA.

Penso sempre que um grande líder deve ser medido pela satisfação de seu povo e pelas oportunidades de evolução que é capaz de produzir e fomentar; levando seu país a patamares sempre melhores, do que os anteriores a sua chegada, em todas as áreas. A harmonia entre o bem popular e o bem do Estado deve sempre ser a tônica de qualquer grande líder. Mas, infelizmente, Fidel prefere impor provações e privações ao seu povo a promover uma simples eleição em seu país.

Se ele mesmo entende que seu regime é tão frágil que simplesmente desmoronaria diante da vontade popular; como podemos chamá-lo de “grande líder” e de tê-lo como exemplo a ser seguido e idolatrado?

Se um governo credita sua existência apenas às proibições de que seus cidadãos saiam do país, tenham um barco ou possam decidir livremente em quem votar ou como viverem suas vidas; merece esse governo consideração e continuidade? Será mesmo que merece a simples existência?

Eu acho que não.

E você leitor, o que pensa disso?

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Este artigo foi escrito originalmente para o Blog Visão Panorâmica. A reprodução só é permitida com autorização expressa do autor. Solicite através daqui:arthurius_maximus@visaopanoramica.com

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