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Albert Einstein dizia que não sabia como seria a Terceira Guerra Mundial. Mas, que a quarta, seria com paus e pedras. E esse sempre foi o grande medo da humanidade desde que as explosões atômicas de Hiroshima e Nagasaki mostraram para todos os efeitos terríveis que as bombas atômicas provocam. O que mais chocou a humanidade nem foi o poder de destruição massivo e aterrorizante; foram os efeitos lentos e perversos que a radiação tem sobre os sobreviventes. Restou para a humanidade saber que as bombas que explodiram nas cidades japonesas continuaram matando, de forma dolorosamente lenta e cruel, por décadas.
Durante a guerra da Coréia e, posteriormente no período denominado Guerra Fria, o medo de uma hecatombe nuclear que devastaria toda a civilização humana acompanhou cada cidadão do mundo durante toda a sua vida. Se considerarmos que, numa guerra nuclear, não há “lugares fora do alvo” (porque os efeitos da radiação se espalharão pelo globo e causarão a extinção da humanidade e de grande parte da vida como a conhecemos) esse medo é plenamente justificado.
As coisas sempre foram equilibradas tenuamente e as armas nucleares eram muito mais usadas como um inibidor tático moral do que propriamente como armas de fato. Mesmo porque, todos sabiam que se fossem usadas, nada sobraria para conquistar e o inimigo destruído e totalmente exterminado, se levantaria para destruir seu atacante através dos efeitos posteriores da radiação.
O mundo sempre esteve mais ou menos defendido porque os arsenais nucleares estavam em mãos de governos que, de uma forma ou de outra, cuidavam deles de forma draconiana e seu uso deve seguir uma série de procedimentos e autorizações com o intuito de impedir que a loucura de um grupo, ou de um único homem, fizesse desse arsenal o grande arauto do apocalipse.
Mesmo governados por homens como Bush, que fariam tudo pelo privilégio de dominar o mundo, esses arsenais têm controles rígidos e estão em relativa segurança dentro dos regimes democráticos e mesmo em regimes mais fechados como os da China e da Rússia.
Mas, e no caso dos regimes ditatoriais ou fanáticos? Um país que seja governado por um ditador e que tenha potência nuclear, pode se converter num risco imenso para a humanidade no caso desse governante desejar utilizar esse recurso para chantagear o mundo ou mesmo para destruir quem o ameace. Mesmo sabendo que destruirão tudo ao seu redor e a eles mesmos.
E é exatamente o que aconteceu agora. A Coréia do Norte é governada por um desses homens. Acredita-se que ele sofra os efeitos da sífilis (que provoca loucura a longo prazo) e que esteja mesmo disposto a usar seus futuros arsenais como forma de punir seus inimigos, chantagear as grandes potências ou de impedir sua queda.
A escalada nuclear promovida pela Coréia e pelo Irã, provoca uma nova era de medo e de incertezas em toda a humanidade. Os iranianos, ao que tudo indica, segundo as fontes internacionais estão trabalhando em conjunto com os norte-coreanos. O que pode ter implicações políticas imprevisíveis na Ásia e no Oriente Médio e que, sem sombra de dúvida, se ramificarão para atingir o mundo todo de forma rápida e inquestionável.
O fantasma da guerra se anuncia e estende seu manto de medo mais uma vez sobre todos nós. O problema agora é que os prováveis inimigos nada tem a perder. Um, a Coréia do Norte, é governada por um hedonista louco que deixa seu povo morrer de fome enquanto saboreia delícias contrabandeadas do mundo todo. O outro, o Irã, é dominado por uma casta de sacerdotes que deturpam o Islã e transformaram um dos países mais desenvolvidos do Oriente Médio em um santuário de intolerância e extremismo, oprimindo seus próprios cidadãos e acobertando terroristas.
Infelizmente ao que parece, o mundo caminha a passos largos para o fim de uma breve era de paz relativa. Cabe agora, aos homens de bem, lutarem para que a insanidade, o radicalismo e a intolerância não finquem seus pés nos corações humanos mais uma vez. Pelo simples fato de que, desta vez, poderá ser a última.
Pense nisso.
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