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A imagem acima é parte integrante de um livro destinado a alfabetização de crianças de até nove anos no Estado de São Paulo. Com muitas imagens alusivas ao sexo, que remetem ao consumo de bebidas alcóolicas e linguagem chula; a Secretaria de Educação de paulista deseja “educar” as crianças nas artes das letras e do sexo.
Nem podemos considerar que o baixo nível da educação brasileira é algo elaborado cuidadosamente por uma elite que se encastela no poder e deseja manter uma massa de pessoas alienadas e longe do acesso ao ensino de qualidade para que possam dela se servir como desejarem. Afinal de contas, isso poderia soar como uma teoria da conspiração despropositada, exagerada e paranóica. (Não conte a ninguém, caro leitor, mas é isso mesmo que eu penso. shhhhhhh!)
Ultimamente a coisa vem sendo executada com um tal requinte de crueldade e uma impunidade sem limites em São Paulo que ultrapassa as fronteiras razoáveis do mal caratismo e da pura e explícita propinagem política. O governador José Serra está sistematicamente destruindo o que restou da educação pública em São Paulo com a diminuição de aulas de matemática, português, história e outras matérias “sem importância”, para colocar em seu lugar horários disponíveis para que os alunos e professores possam ler as incríveis revistas da Editora Abril que o Estado assinou em profusão.
Nada contra a Editora Abril, José Serra e sua “excelente” Secretaria de Educação. Como se já não bastasse o fato de terem comprado livros que eliminaram o Equador do mapa da América do Sul e duplicavam o Paraguai (talvez como forma de dar vazão ao seu espírito sacoleiro); resolveram reduzir e eliminar aulas de matérias importantes como estas, apenas para substituí-las por algum tempo em que se pudesse dar vazão e justificar a assinatura de milhares de revistas (numa compra prá lá de questionável), Poderíamos dizer que esse comportamento é, no mínimo, estranho.
O mais dramático é que sequer pode-se imaginar que José Serra seja um imbecil descerebrado. Afinal de contas, trata-se de um político calejado e versado na arte de governar. Sem falar que ambiciona, não é de hoje, a Presidência da República. No entanto, sua atuação pífia diante do Governo de São Paulo e as suspeições que lhe são impostas diante dessa desastrosa administração em relação a educação pública paulistana, o desqualificam completamente como candidato a qualquer cargo eletivo em que possa exercer alguma influência sobre a educação de uma cidade minúscula; quanto mais de uma nação já carregada de problemas, nesta área, como é o Brasil.
Incompetência é pouco para tentar explicar o que vem acontecendo na Secretaria de Educação de São Paulo. Seria ótimo que o partido de José Serra, o PSDB, sentisse o mesmo desprendimento que demonstra em relação a CPI da Petrobrás e investigasse esses absurdos sucessivos que são cometidos com a educação de nossas crianças.
Apologia ao sexo, ao uso e abuso do álcool e alfabetizar crianças em tenra idade com livros contendo linguagem de baixo calão não pode ser algo inocente e sem premeditação. É um crime que precisa ser apurado e punido com seriedade e severidade. Os recursos públicos gastos na compra destes e dos outros livros problemáticos devem ser devolvidos aos cofres públicos por quem os comprou e por quem autorizou a compra.
Enquanto idiotas em Brasília pretendem separar o país em “pretos” e “brancos”, a educação pública nacional (que é a real força libertadora do preconceito e a responsável pela integração social de qualquer indivíduo) é tratada por políticos de terceira classe como se fosse algo sem importância e uma mera formalidade constitucional.
A esses nobres deputados tão preocupados com a criação de formas de reparação aos escravos; desejo apenas que se lembrem que a pior forma de escravidão é a ignorância. Ignorância esta a que estarão condenadas nossas crianças pobres e que dependem da escola pública para sua formação e a sua capacitação para o trabalho. A elas, estará apenas reservada a servidão em empregos sub humanos e mal remunerados. A elas, estará reservada a dor do trabalho estafante a a tristeza de um salário indigno e sempre insuficiente. E, o mais triste de tudo, para elas jamais haverá uma Lei Áurea a ser assinada que as liberte. Serão escravas para sempre. Pois, sem os conhecimentos mais básicos de temas tão importantes para seu desempenho futuro, a elas restará apenas o obscurantismo e a servidão perpétuos na ignorância e no desalento do abandono intelectual.
Sejam elas negras, brancas ou de qualquer outra cor.
A não ser, é claro, que este seja o plano…
Pense nisso.
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